A organização zimbabuana, GALZ, que promove e defende os direitos e liberdades sexuais das pessoas LGBTQIAP+, viu os seus escritórios a serem vandalizados, por um grupo de cristãos que se afirmam representar várias igrejas, no domingo (10), na cidade de Harare.
O grupo que estava no lado externo das instalações, vandalizou a propriedade ao mesmo tempo cantava e proferia palavras contra a homossexualidade, fazendo grafites odiosos nas paredes e no portão, incluindo termos como “diga não ao mesmo sexo”.
Em um comunicado da organização GALZ, disse que, “embora respeitemos as diferenças de valores, é totalmente inaceitável implantar actos de vandalismo e intimidação contra comunidades que detêm valores diferentes”. A organização acrescentou ainda que, “este acto de violência não foi cometido isoladamente, é um lembrete gritante da discriminação e hostilidade contínua que a nossa comunidade enfrenta”.
A organização GALZ, foi estabelecida em 1990 como organização baseada em membros LGBTQIAP+ zimbabuanos, a GALZ , suportou vários anos de sanções e intimidação pelo Estado sob o falecido presidente homofóbico, Robert Mugabe, que governou o Zimbabwé por 37 anos. A GALZ, fez um pedido aos líderes religiosos e políticos que “condenem tais actos de ódio e defendam os direitos e liberdades constitucionais para que todos os cidadãos sejam protegidos por lei…”
Em fevereiro do corrente ano, a GALZ sofreu ataques directos do vice-presidente do Zimbabwé, Constantino Chiwenga, na véspera de lançamento do seu programa de bolsas de estudos para pessoas LGBTQIAP+ terem acesso ao ensino superior. o governo do Zimbabwé dirigiu uma ofensa categoricamente contra o mesmo programa de bolsas, rotulando as pessoas LGBTQIAP+ como desviados e aberrações que deveriam ter acesso negado à educação.