Após onda de ataques de ódio e de misoginia, enfrentada na última semana, Imane Khelif, foi a grande vencedora do Boxe Feminino da Olimpíadas de Paris, após derrotar a chinesa Yang Liu na final do Boxe Feminino de 66 kg, no estádio de Roland Garros.
A victoria de Khelif foi celebrada pelos argelinos com euforia, com o presidente da Argélia enviando uma mensagem de felicitação para a atleta.
Para a BBC, Imane celebrou a sua vitoria: “era o meu sonho e estou feliz em dizer hoje que sou campeã olímpica. Foram oito anos de trabalho duro, de exaustão e sem dormir, mas isso aqui… Isso aqui é fantástico”.
Yang Liu, que venceu a medalha de prata, enalteceu a vitoria de Imane. “Tentei tudo o que pude, mas minha oponente foi melhor. Ela é uma excelente lutadora e muito forte”.
A victoria de Imane Khelif soa como uma derrota para figuras como Elon Musk, Donald Trump, Georgia Meloni (primeira-ministra da Itália) e J.K Rowling (a autora da franquia Harry Potter), que participaram da campanha massiva que questionava o género e biologia real de Imane Khelif.
A campanha de ódio contra Imane Khelif começou começou depois da atleta ter derrotado Angela Carini, no passado dia 1 de agosto, após a italiana abandonar a luta depois 46 segundos.
Após o confronto, Carini apresentava um discurso que questionava a biologia de Imane, gerando uma grande onda de ataques de transfobia e intersexofobia contra Khelif.
A atleta de 25 anos é uma pessoa com variação intersexual. Imane nasceu com um alto nível de hormônios masculinos, o que resultou em certos traços que a atleta naturalmente carrega.