Nos últimos anos, o Facebook e o Instagram, hoje geridas pela META, estiveram bastante comprometidos no combate ao discurso de ódio proliferados nas suas redes. Mas, nesses últimos meses, a META tem demonstrado ineficiência ao líder com os comentários de ódios online, especialmente aos direcionados a comunidade LGBTQIAP+.
Nesta terça-feira (7), o CEO da META, Mark Zuckerberg, anunciou severas mudanças nas redes sociais geridas pela empresa. A partir de agora, a META abandonará algumas de suas regras que protegem pessoas LGBTQIAP+ nas suas plataformas digitais. As mudanças incluem a permissão de publicações que classifiquem pessoas Transexuais, Gays e Bissexuais como “doentes mentais” no Facebook e no Instagram.
A empresa pretende “se livrar de várias restrições sobre tópicos como imigração e género que estão fora de sintonia com o discurso convencional”, disse Zuckerberg em um vídeo divulgado ontem (7).
Tais mudanças ocorrem em meio a intensos debates sobre direitos Trans e LGBQ nos EUA, tendo 26 estados que já restringiram cuidados de afirmação de género para jovens com menos de 18 anos. Especialistas e activistas locais, apontam que essa decisão pode aumentar os discursos de ódio e a desinformação nessas plataformas digitais, além da normalização de ataques à comunidade LGBTQIAP+, em especial às pessoas Trans.
Além das mudanças acerca das verificações e remoções de conteúdos que contêm discursos de ódio contra pessoas LGBTQIAP+, Mark Zuckerberg anunciou a implementação de um sistema de notas da comunidade, similar ao do X/Twitter, onde os próprios usuários passarão a notificar e a verificar a veracidade de qualquer conteúdo publicado nas redes da META.
As mudanças apresentadas ontem (7), por Zuckerberg, tiveram impacto político em todo o mundo. Durante o anúncio, o dono da META alegou que “os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente”. Tal afirmação deixou em alerta o governo do Brasil acerca das novas medidas de “liberdade de expressão” da META que, poderão vir a pôr em causa a mitigação das Fake news no país.
Para analistas brasileiros, a nova dinâmica da META é oriunda da reunião de Mark Zuckerberg e Donald Trump, que aconteceu no mês de novembro de 2024, que originou um acordo entre ambos. Após o anúncio das novas normas da META, Donald Trump veio a público elogiar Zuckerberg.
O dono da META afirmou que irá trabalhar directamente com o governo de Donald de Trump para garantir a “liberdade de expressão” dos usuários do Facebook e do Instagram. O governo brasileiro já notificou a META a pedir esclarecimentos acerca das novas normas da empresa.
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