Ontem, 7 de Junho, a embaixadora do Reino Unido em Angola, Jessica Hand, recebeu em sua residência os activistas David Kanga (Queer People), Líria de Castro (Arquivo de Identidade Angolano), Imanni da Silva (Movimento Eu Sou Trans Angola), Roqueana Ngunza (Arquivo de Identidade Angolano)e Carlos Fernandes (Associação Íris Angola), para um chá da tarde tipicamente Britânico para se conversar sobre os desafios da comunidade LGBTQIAP+ em Angola.
Em um dialogo bem tranquilo, os activistas frisaram com exactidão alguns dos principais maiores desafios que a comunidade LGBTQIAP+ tem enfrente em Angola, bem como, possíveis soluções para se ultrapassar algumas das maiores barreiras sistemáticas que a comunidade tem vindo a enfrentar.
Com um olhar atento, a senhora Embaixadora expôs a preocupação de se identificar/saber com exactidão, o nível de intolerância enfrentados pelas pessoas LGBT nas instituições publicas, privadas e no meio social e familiar, como nas zonas urbanas e periféricas em particular na província de Luanda.
Os activistas também falaram sobre a intolerância policial na comunidade LGBTQIAP+, a péssima implementação do novo código penal, onde falaram que: “não basta ter uma lei que criminaliza atos de discriminação com base na orientação sexual, quando a mesma não é implementada, e, a população desconhece a sua eficácia”… Ainda assim, foi frisado que, o novo código penal é uma abertura para que se possa exigir que as instituições públicas, como o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, venham a incluir e proteger a comunidade LGBTQIAP+ nas suas políticas sociais relativas ás populações vulneráveis.
Por David Kanga