Após um longo período de espera, Caster Semenya, bicampeã olímpica nos 800 metros, finalmente viu Tribunal Europeu dos Direitos Humanos a agir a seu favor ao ganhar o recurso contra a World Athletics.
Semenya entrou com um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) contra as regras de testosterona no atletismo, aplicadas pelo World Athletics, que obrigam atletas femininas a reduzirem artificialmente os altos níveis de testosterona para poderem competir em provas mundiais, como os Jogos Olímpicos.
O Tribunal Europeu, decidiu que a atleta sul-africana foi discriminada ao ser impedida de participar dos jogos olímpicos desde 2019, por conta do seu alto nível de testosterona. O tribunal decidiu ainda que foi negado à atleta um “recurso efetivo” contra essa discriminação quando o Tribunal Arbitral do Desporto e o Supremo Tribunal da Suíça negaram os seus dois recursos anteriores.
Ainda não se tem certeza se a decisão do Tribunal Europeu forçaria uma revisão das regras sobre o nível de testosterona e se Caster será autorizada a particopar dos Jogos Olímpicos de Paris, que acontecerá no próximo ano.
Caster Semenya é uma atleta Olímpica sul-africana que nasceu com características intersexuais, possibilitando a mesma produzir altos níveis de testosteronas naturalmente. A atleta é casada com Violet Raseboya desde 2015, o casamento de ambos seguiu todas regras tradicionais sul-africana, e contou com a presença dos familiares de ambas.
Muito bom