No passado dia 26 de junho, completou-se quatro meses desde o assassinato trágico, da maior figura do movimento LGBTQIAP+ angolana, Carlos Fernandes. Carlos foi encontrado sem vida em sua residência, em Luanda, numa segunda-feira (26 de março de 2024) em circunstâncias estranhas, teve o seu enterro realizado no dia 28 de março, na presença de amigos, colegas do activismo e familiares.
Carlos Fernandes foi activista e defensor pelos direitos humanos, em especial pelos direitos das minorias sexuais em Angola, foi co-fundador da primeira organização LGBTQIAP+ em Angola, a Associação Íris Angola, e promotor de várias acções em prol da defesa pelos direitos das populações-chave.
Em seus médias sociais, a Associação Íris Angola, organização que foi liderada pelo activista, fez alguns pronunciamentos acerca da morte de seu líder, clamando por justiça. Segundo o pronunciamento da organização, “a morte de Carlos não pode ser esquecida nem tratada com indiferença”. Na nota, a organização diz aguardar por respostas e esclarecimentos, das autoridades policiais que estão a cuidar do caso, acerca da morte de Carlos, pedindo que os criminosos sejam responsabilizados judicialmente.
“Exigimos que o caso de Carlos, seja tratado com seriedade e urgência que merece. A memória de Carlos e a continuidade de sua luta dependem de nossa vigilância e determinação em buscar justiça” – Associação Íris Angola.