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O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, usou a sua conta no X (antigo Twitter), na segunda- feira (18) para se manifestar contra o assassinato do líder religioso Queer, Muhsin Hendricks, que foi morto por um tirador em Gqeberha na Cidade do Cabo no último sábado (15).
Ramaphosa expressou preocupação pela morte do activista gay muçulmano que possa ter sido motivada por ódio. Em seu X, o presidente sul-africano enviou as suas profundas condolências à família, amigos e colegas do activistas.
“Enquanto aguardamos o resultado das investigações, estou preocupado com a probabilidade relatada de que isso seja um crime de ódio contra um líder religioso que defendeu os direitos e a protecção de muçulmanos LGBTQI+ e compatriotas de forma mais ampla…como todos os sul-africanos, prevejo que os perpetradores serão responsabilizados por este ataque hediondo”, comentou o presidente.
Durante o seu discurso sobre o Estado da Nação no início deste mês, Ramaphosa destacou que a África do Sul defende “a igualdade de direitos para as mulheres, para as pessoas com deficiência e para os membros da comunidade LGBTQI+”.
O líder religioso de 58 anos, que era conhecido como o primeiro imã (ministro muçulmano) gay assumido do mundo, pregou uma interpretação do islamismo que afirmava a comunidade LGBTQ+. Ao longo dos anos, ele enfrentou críticas e ameaças de morte de elementos conservadores radicais dentro de sua religião.
Segundo as fontes, foi confirmado que Hendricks estava em Gqeberha para celebrar os casamentos de dois casais heterossexuais inter-religiosos quando foi assassinado, não foi para realizar um casamento entre pessoas do mesmo sexo, como foi relatado inicialmente.