O activista LGB(T)QIAP+, Edson Francisco, diretor do Movimento T, denunciou em suas redes sociais, um ataque de Transfobia que sofreu ontem (19), no mercado do São Paulo, protagonizado pelas vendedoras do referido mercado.
“Vi-me rodeado de vendedoras que começaram a orar, umas a xingar em voz alta, e uma delas tentou colocar a mão na minha cabeça”, descreveu o activista sobre o ataque Transfobico.
Durante a denúncia pública, surgiram relatos de outras situações semelhantes que aconteceram com outras pessoas Trans não só no mercado do São Paulo, como também no mercado do Escongolences.
Em conversa com a nossa redação, o activista demonstrou-se chocado com a reação dos populares que lá se encontravam. Durante os atos de agressões físicas e verbais que sofria, as pessoas que lá estiveram a presenciar toda a situação se limitavam apenas a olhar os ataques que o activista sofria.
“Hoje fui vítima da população homofóbica no São Paulo e foi horrível. Aproximei-me de uma bancada para perguntar se tinha fato de banho, a senhora logo se afastou de mime, não respondeu ao meu Boa Tarde, logo percebi que a minha aparência a incomodou. Eu dei as costas e a senhora fala para a amiga dela que eu era panina, em seguida vi-me rodeado de vendedoras que começaram a orar, umas a xingar em voz alta, e uma delas tentou colocar a mão na minha cabeça, eu não permite e a afastei, o resto veio para cima de mim, tentando colocar a mão na minha cabeça enquanto eu guardava tudo que estava em minhas mãos para poder defender-me. A senhora colocou a mão por baixo da minha t-shirt no intuito de a rasgar, deu conta dos meus peitos, puxou o binder e começou a gritar para as outras que era Maria homem. Os insultos pioraram, para me defender tive que partir para a violência, pois elas empurravam , gritavam e tentavam colocar a mão na minha cabeça na tentativa de fazer uma cena de exorcismo, pegaram uma Bíblia. Fui salvo por um grupo de carregadores que pouco antes haviam me pedido 100 para comprar água, saí daí com a ajuda deles mas, notei que metade das pessoas que estavam a fazer compras aí ninguém se importou com o que aquelas senhoras faziam, e sinceramente não sei como eu estaria se os jovens não interviessem. Rasgaram o meu binder, humilharam-me e agrediram-me sem eu ter lhes feito absolutamente nada.” Descreveu o activista na sua denúncia.