Mais de 500 pessoas Queer, reuniram-se para o baile “Fola Francis”, em comemoração ao mês do orgulho LGBTQIA+ na Nigéria, organizado no dia 27 de Junho. O local do baile comemorativo teve que ser mantido em segredo e somente divulgado horas antes do evento em sigilo.
A edição deste ano, foi em homenagem a Fola Francis, Uma Mulher Trans, modelo e ativista LGBTQIA+ que morreu no ano passado.
O evento foi marcado com diversas atracões como: butch queen realness, femme queen realness, body, face, voguing and best-dressed.
Para os organizadores, o objectivo do baile na Nigéria é claro: ser um espaço de expressão pessoal e celebrar a beleza da diversidade, mesmo perante o medo e esse medo nunca está longe, pois parece que a lei de proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo de 2014 criminaliza quem eles são.
“Não estou 100% relaxado ou seguro. Em um minuto você pode estar seguro, e em outro minuto você está preso”, disse um homem gay no local , citando casos no passado em que a polícia prendeu pessoas em uma festa só de homens.
Os organizadores fizeram tudo o que puderam para proporcionar um ambiente seguro, algumas das medidas de segurança incluíram a disponibilização de vestiários para aqueles que queriam se vestir de forma mais autêntica, mas precisavam evitar a violência homofóbica e transfóbica no caminho para o local e a contratação de uma empresa de segurança privada comprometida com a inclusão.
Como em grande parte da África subsaariana, o sentimento anti-gay e a perseguição a homossexuais são comuns na Nigéria, a homossexualidade na Nigéria é ilegal, com pena de prisão que pode chegar ate 14 anos. A hostilidade publica contra as relações homossexuais é bastante difundida.